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Alergia ao preservativo

A alergia ao preservativo manifesta-se por vermelhidão, comichão e erupções cutâneas no pénis, vagina ou corpo. Geralmente, estes sintomas aparecem em um ou dois dias depois da relação sexual.

A alergia ao preservativo desenvolve-se em pessoas do sexo masculino (entre 1 e 8%) e feminino, sendo o látex a causa mais comprovada. 

A maior parte dos casos alérgicos ocorre pela exposição repetida ao material ao longo dos anos. Por essa razão, a alergia ao látex e preservativo afeta, especialmente, profissionais de saúde (8 a 12%).

O que é alergia ao preservativo?

A alergia ao preservativo é uma alergia que se manifesta através de comichão inexplicável e frequente, vermelhidão e erupções cutâneas no pénis/vagina e/ou corpo após o sexo com preservativo. 

Esta pode desenvolver-se contra qualquer tipo de preservativo ou substância presente na estrutura do preservativo, embora a causa mais comum seja o látex. 

Ao seres alérgicx a este material, o teu sistema imunológico produz anticorpos que vão combater as proteínas presentes no látex sempre que entrares em contacto com ele. É por esta razão que os sintomas surgem.

Também se verifica que pessoas alérgicas ao látex têm propensão para desenvolver alergia a determinados alimentos com proteínas semelhantes às do látex, como a castanha, o abacate, o tomate e as batatas, por exemplo. 

O que causa alergia ao preservativo?

A alergia ao preservativo pode desenvolver-se por muitos fatores, mas a presença de látex na sua composição é o mais importante. Este material é feito a partir da seringueira, a qual tem várias proteínas que causam alergia. 

O poliuretano também está entre os motivos que desencadeiam uma reação alérgica. Os preservativos de poliuretano vieram dar solução às pessoas alérgicas ao látex. No entanto, existem casos de pessoas que também desenvolvem alergia a este material. 

Nota: Uma resposta imunológica ao poliuretano carece de muito tempo. É preciso que a pessoa esteja em contacto prolongado com o material. 

Os preservativos também contêm lubrificantes, sendo que estes são componentes sintéticos. Algumas pessoas desenvolvem alergia a estes, embora o mais comum seja o nonoxenol 9 (espermicida). Este componente danifica a membrana do esperma, assim como destrói as células da mucosa vaginal. 

Sintomas de alergia ao preservativo

Na maior parte dos casos, a alergia ao preservativo manifesta-se localmente (pénis ou vagina), mas é possível que algumas pessoas apresentem sintomas noutras partes do corpo. 

Os principais sintomas são:

  • Ardor na região de contacto
  • Desconforto na região de contacto
  • Irritação na mucosa
  • Vermelhidão
  • Inchaço das mucosas
  • Descarga abundante das mucosas
  • Dermatite
  • Comichão
  • Ataque de tosse
  • Infeção
  • Rinite
  • Lacrimejamento
  • Dispneia

Atenção: Os ataques de alergia ao látex ou poliuretano podem mascarar sinais de IST. Caso os sintomas persistam depois do contacto com o material, se não melhorares durante alguns dias, se sentes vontade de urinar frequente ou se tens um cheiro incomum de secreção, procura ajuda médica. 

Cuidado: Em raros casos, a alergia pode progredir para anafilaxia (pode colocar a tua vida em risco). Assim, procura atendimento médico caso sintas inchaço na garganta e lábios, dificuldade ao respirar e/ou engolir.

Diagnóstico

O diagnóstico de alergia ao preservativo é feito através da história clínica. O médico avalia os sintomas e verifica a alergia através de exame físico. É importante descartar outras IST, as quais podem causar os mesmos sintomas. Portanto, é possível que tenha de fazer testes para isso. 

Tratamento e prevenção

Durante as crises alérgicas, podes tomar medicamentos com anti-histamínicos. Estes vão ajudar na regressão da alergia. Em casos mais graves, podes ter de tomar anti-inflamatórios e corticoides. No entanto, é importante que te mantenhas longe do material que está a causar a reação alérgica. 

Mudar o tipo de preservativo que usas é a melhor forma de evitares novos episódios alérgicos. Como a maioria dos casos ocorre pelo contacto com o látex, deves começar por excluir esses. Se já usas de poliuretano, opta pelas outras opções que te daremos abaixo, como os de poliisopreno. 

Preservativos de poliuretano

Os preservativos de poliuretano não contêm látex, mas são igualmente eficazes na prevenção de IST e de uma gravidez indesejada. Além de apresentarem menos casos de reações alérgicas, estes preservativos são mais finos do que os de látex, tornando a relação sexual mais natural e prazerosa. 

Nota: Podes usar com lubrificantes à base de óleo, silicone, petróleo e água. 

Preservativos de poliisopreno

Os preservativos de poliisoprena (borracha sintética) são mais eficazes na transmissão de calor, mais finos e esticam melhor do que os de poliuretano. Estes são os preservativos de “última geração” e já são produzidos por várias marcas. 

Nota: Só podem ser usados com lubrificantes à base de água ou silicone. 

Se nenhum dos preservativos acima acabaram com a tua alergia, é possível que estejas a ter uma reação ao lubrificante. Opta por preservativos sem espermicida e dá preferência a lubrificantes naturais.

Podes desenvolver alergia ao preservativo em qualquer momento da vida. É importante estares atentx a sintomas para tratares o mais rápido possível. Mesmo com alergia, o sexo seguro é sempre a prioridade. Portanto, recorre a alternativas ao material que te está a causar a reação alérgica.