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Diferença entre sexo e género

Existe diferença entre sexo e género, sendo que

o primeiro se refere às características físicas de nascimento (masculinas/femininas) e o segundo diz respeito à identificação pessoal baseada no género da pessoa (identidade de género). 

Os papéis sociais são, socialmente, baseados no sexo de uma pessoa (papéis de género). Nascemos com características genéticas e físicas que nos “enquadram” em homem ou mulher. Essas características físicas assumem, para a sociedade e família, estereótipos comportamentais. Não à toa espera-se que mulheres ajam de uma forma, enquanto se espera que homens atuem de outro jeito. No entanto, nem sempre nos identificamos com essa “classificação”.

entais, já assumem a distinção entre sexo e género, exatamente por haver pessoas cujo sexo de nascimento não é o mesmo que o seu género identitário. 

Muito embora se trate de preconceitos, eles existem e devem ser olhados como reais nos tempos modernos (apesar de haver um esforço em contrário). Por isso, cientistas sociais e de comportamento, assim como biólogxs e vários organismos legais e governam

Qual a diferença entre sexo e género?

O sexo diz respeito às características sexuais de uma pessoa à nascença, sendo que é atribuído por profissionais de medicina com base nos órgãos sexuais (sem ter em conta a identidade de género, impossível de definir à nascença). 

Este é, geralmente, classificado entre masculino e feminino, embora também exista a classificação de intersexo (pessoas que desenvolvem características sexuais que não se encaixam em noções de sexo feminino ou masculino. Existem entre 0,05 e 1,7% de pessoas intersexo, de acordo com a ONU). 

Assim, o sexo refere-se a diferenças biológicas. 

Diferenças entre sexo masculino e feminino

 

Masculino

Feminino

Configuração cromossómica

XY

XX

Anatomia externa

Testículos e pénis

Vulva

Processo hormonal

Maior quantidade de testosterona e androgénios 

Maior quantidade de estrogénio e progesterona 

 

O género diz respeito a um conjunto de características que pertencem e diferenciam a masculinidade, feminilidade, neutralidade e androginia. Falamos, aqui, de como a pessoa se caracteriza, tendo influência o seu sexo biológico, estruturas sociais baseadas no sexo, assim como o papel social de género e a identidade de género.

Assim, o género refere-se a comportamentos, papéis, atividades e atributos que são construídos socialmente, sendo estes considerados apropriados para “homens” e para “mulheres”. Quando o género se encontra alinhado com o sexo, falamos de pessoas cisgénero (cis). 

Em algumas circunstâncias, o sexo biológico e o género não são os mesmos. Falamos, aqui, de pessoas transgéneras ou não binárias, por exemplo. 

A transgeneridade pode levar a um conflito interno muito grande, uma vez que as pessoas transgéneras se sentem no corpo errado, por não estarem “alinhadas” com o sexo biológico. Por essa razão, muitas procuram a cirurgia de transição de género e fazem tratamentos hormonais para alterarem a sua imagem. 

Quando a classificação “sexo e género” se torna um problema?

A classificação de sexo e género, tal como a conhecemos, é sempre binária. Coloca-nos a ideia de que os padrões cisgénero são normativos e, portanto, acabamos por ser tendenciosos e preconceituosos. 

Por exemplo, falarmos em género feminino impõe, sempre, uma padronização de comportamentos destas pessoas. Não deixamos espaço para que estas possam sentir e agir de forma fluida, como se o facto de serem mulheres cis não lhes permitisse ser e estar da forma como querem. 

É certo que a maior parte das pessoas não encontram esses problemas, até porque o género é uma das melhores construções sociais que temos. Desde que nascemos, vamos interiorizando formas de agir e pensar, levando-nos a crer que é assim que somos. Não nos questionamos com frequência. No entanto, não deixa de ser uma construção social. 

Nesse sentido, vários movimentos (especialmente aqueles levados a cabo por queers) têm vindo a demonstrar desagrado a esta classificação binária de sexo e género (muito embora continuemos a usar estes conceitos social e cientificamente). 

Tendo em conta a crescente abertura para novos géneros, havendo maior debate sobre a cisnormatividade, e sabendo que a sociedade evolui com o tempo, é possível que os conceitos de sexo e género venham a sofrer alterações, permitindo uma visão não-binária deste universo complexo.